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Especial Ponte Nova 149 anos: os primeiros habitantes, doações de sesmarias e a fundação da cidade.

Os primeiros habitantes do que, hoje, corresponde ao município de Ponte Nova, foram os grupos indígenas aimorés e puris, denominados botocudos devido aos adereços que utilizavam. Existem muito poucas informações sobre essas populações.


Índios Botocudos. Disponível em: <http://s2.glbimg.com/5zTj1OOCrzJWr9nDgAiy3bcm38M=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2014/10/31/amcyc_1879_botocudos.jpg>.


Segundo Juliana Padula, embora ainda não tendo formado grandes povoados, Ponte Nova era passagem e servia de hospedagem para os viajantes que se dirigiam às regiões das minas (atuais cidades de Ouro Preto e Mariana). Diante da escassez de alimentos nessas áreas, houve solicitações à Coroa para a doação de sesmarias (porções de terras menores que as capitanias-hereditárias, doadas aos sesmeiros pela Coroa Portuguesa com o objetivo de torná-las produtivas). Com o declínio da produção aurífera, muitos mineradores migraram para terras ponte-novenses a fim de produzir alimentos e destiná-los às minas.

Padre João do Monte Medeiros rumou para Ponte Nova com esse intuito em 1763. Anos antes, seus irmãos Miguel Antônio do Monte Medeiros e Sebastião do Monte Medeiros da Costa Camargo migraram para esta região, cujos nomes estão atrelados às construções das Fazendas Vauassú, Vargem Alegre e Córrego das Almas. Em 1770, foi erigida a Capela São Sebastião e Almas, onde hoje se encontra a Matriz de São Sebastião.


Desenho da Primeira Capela São Sebastião e Almas. Disponível na Revista o Município, nº 338. Cenas Fotográficas da nossa história- novembro de 2005.

Em 1832, foi elevada à condição de paróquia. O primeiro pároco, Padre João José de Carvalho, foi empossado em 1836. Em 1838, o Padre José Miguel Martins Chaves foi nomeado pároco e autorizou a construção de casas em lotes próximos à capela, o que propiciou o crescimento do povoado, conhecido anteriormente como São Sebastião da Ponte Nova.

Em 1857, o povoado foi elevado à categoria de vila, compreendendo as freguesias de Ponte Nova, Barra Longa, Santa Cruz do Escalvado, Barra do Bacalhau, São Sebastião da Pedra do Anta e Abre-Campo, que passaram a integrar a Comarca de Piracicaba. No ano de 1863, foi instalada a primeira Câmara Municipal da localidade.

Em 30 de outubro de 1866, a vila transformou-se em cidade. Foi elevada à categoria de Comarca em 1880, e, no ano de 1883, foi renomeada, de Rio Turvo, para Ponte Nova.


Antiga construção da Matriz de São Sebastião. Destaque para as construções ao redor da igreja. Acervo da Pontenet, disponível em <http://www.pontenet.com.br/pontenova/wallpaper.php>.


A economia da região foi se desenvolvendo gradativamente. Em 1860, segundo o historiador Ângelo Alves Carrara, foi construído o primeiro engenho de cana com moendas de ferro. Em 1885, começou a funcionar a Usina Anna Florência (onde hoje se localiza o bairro de mesmo nome), cuja construção iniciou-se em 1883.


Usina Anna Florência, em 1922. Acervo de Guilherme Belmiro.



Bibliografia


VILLAR, Juliana Padula. Vapor e Movimento: a Estrada de Ferro Leopoldina e a (trans)formação da paisagem do município de Ponte Nova- MG. Universidade Federal de Viçosa, 2010. Disponível em: <http://www.novoscursos.ufv.br/graduacao/ufv/geo/www/wp-content/uploads/2013/08/Juliana-Padula-Villar.pdf>.


IBGE. Histórico do município de Ponte Nova. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=315210&search=minas-gerais|ponte-nova|infograficos:-historico>.


COTA, Luis Gustavo Santos. História e Contemporaneidade de Ponte Nova. Prefeitura Municipal de Ponte Nova. Disponível em: <http://pontenova.mg.gov.br/ponte-nova/historia-e-contemporaneidade/>.


CARRARA, Ângelo Alves. Estruturas Agrárias e Capitalismo; contribuição para o estudo da ocupação do solo e da transformação do trabalho na zona da Mata mineira (séculos XVIII e XIX). Universidade Federal de Ouro Preto, 1999. Disponível em: <http://www.ufjf.br/hqg/files/2009/10/Estruturas-agr%C3%A1rias-e-capitalismo.pdf>.


Revista o Município, nº 338. Cenas Fotográficas da nossa história- novembro de 2005.


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