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Teatro: uma tradição em Ponte Nova


O teatro em Ponte Nova teve início ainda no século XIX com pequenas apresentações realizadas em reuniões familiares e de amigos. Por volta do ano de 1885, as representações teatrais teriam se aprimorado e ganhando incentivo com a instalação do “Grande Theatro”, anteriormente localizado em sobrado na Rua do Rosário. Segundo o historiador Antônio Brant, o artista Henrique Boldrini residiu em Ponte Nova durante algum tempo e incentivou o teatro na cidade, organizando um grupo de atores que encenava textos escritos por ponte-novenses. Além disso, segundo Brant, o Grupo de Teatro Misotis, composto quase totalmente por membros da família Souza Clímaco, marcou época. Houve também o Grupo de Teatro Palmeirense (1991-2007), dirigido por Hailton Karran, e que encenou nos palcos grandes clássicos da literatura da cidade.

Reportagem, escrita por Leo Moreira, sobre adaptação do livro "Jovens para Sempre", de Luciano Sheikk, pelo Grupo de Teatro Palmeirense.

Atualmente, Ponte Nova possui diversos grupos teatrais. Entre eles, podemos mencionar o Grupo de Teatro Viver com Arte, o Cia Teatro de Bolso e o Núcleo Artístico Educacional (NAED) que se apresentam regularmente em diversos locais da cidade.

O Grupo de Teatro Viver com Arte surgiu em 2003, sendo conhecido anteriormente como “Amigos da Arte”. Tendo como diretor Thiago de Souza, o grupo possui sede no “Ponto de Cultura”, localizado no Bairro Triângulo e já se apresentou em Ponte Nova e em outras cidades da região. Já se apresentaram com as comédias “Morrer? Nem Morto”, “O Casamento de Maria Feia“, Dia a dia na Favela”, “A Igreja Bem Assombrada”, “Quase Santas”, “As Superpoderosas”; com as peças infantis “Os Saltimbancos”, “Pluft o Fantasminha”, A Bruxinha que era Boa”, “O Macaco Malandro”, “O Fantástico Mistério de Feiurinha”, entre outros.

A Cia. Teatro de Bolso surgiu em 2008, e é dirigido por Hailton Karran. Apresentou-se com as peças "Minha Vida é uma Novela", “O Arteiro e o Tempo”, “O Padre e a Pílula do Pecado”, “A Rainha e a Mentira dos Ministros”, entre outros. Concorreu e ganhou em diversas categorias no Festival de Artes Cênicas (FACE), que acontece anualmente na cidade de Conselheiro Lafaiete. Segundo o grupo, a Cia. Teatro de Bolso, “buscou no Folclore Brasileiro, nas tradições populares, no rústico e no lúdico sua forma de trabalho. Hoje ela é reconhecida e valorizada pelo seu profissionalismo, dedicação e fundamentação técnica”*.

Já o Núcleo Artístico Educacional (NAED), coordenado por Emerson de Paula, surgiu em 2002 e possui serviços especializados nas áreas educacional, social, artística, empresarial e recreativa. Nesse sentido, se apresenta com o espetáculo “Sem Motivação Só Decepção”, voltado para as empresas, e que segundo o grupo busca “a reformulação de conceitos pessoais na busca de superação e sucesso”*. O grupo apresentou, em 2009, no Teatro do Colégio Salesiano Dom Helvécio, a peça "Na Linha da Pipa". O NAED lançou também, em 2012, a ONG “Dona Clítia”, com o intuito de “colaborar com o desenvolvimento cultural, educacional e social de crianças,jovens e idosos, desenvolvendo projetos que visem à conscientização e valorização da vida humana, promovendo a integração social e a construção da identidade”*. Ainda neste mesmo ano, o Núcleo Artístico Educacional apresentou o espetáculo “Arirê Atundá Camundá”, peça com temática voltada para a cultura afro-brasileira.

Além das apresentações o Viver com Arte oferece oficinas de teatro para crianças e adolescentes em sua sede, o Ponto de Cultura, localizado no Bairro Triângulo. Do mesmo modo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Ponte Nova tem oferecido oficinas de teatro, ministradas por Emerson de Paula, com o objetivo de formar novos atores.

Peça "Vozes da Rua", apresentada pela Cia. Teatro de Bolso em 2015.

Peça "As Superpoderosas", apresentada pelo Grupo de Teatro Viver com Arte em 2015.

Peça "Na Linha da Pipa", apresentada pelo NAED em 2009.

Ademais, Ponte Nova tem sido cenário de um importante festival de teatro, o FESTPON (Festival de Teatro de Ponte Nova), que começou em 2010 e, até o momento, possuiu cinco edições (a última foi em 2014). O Festival contou com participação de grupos teatrais ponte-novenses e de outros municípios, buscando sempre descentralizar as apresentações, levando peças também para as periferias da cidade.

Cortjeto que abriu o I Festpon, em 2010.

É fato que Ponte Nova possui um rico cenário cultural, sobretudo no ramo das Artes Cênicas. No entanto, a cidade não tem oferecido locais apropriados e acessíveis (principalmente no aspecto financeiro) para as apresentações teatrais. Acreditamos que é fundamental valorizar essa arte tão nobre, bem como nossos grandes artistas, dando estrutura para que os grupos ponte-novenses possam mostrar seus respectivos trabalhos, enriquecendo ainda mais o cenário cultural da cidade.


Para conhecer um pouco mais sobre o Grupo de Teatro Viver com Arte, clique aqui.

Para conhecer um pouco mais sobre a Cia. Teatro de Bolso, clique aqui.

Para conhecer um pouco mais sobre o NAED, clique aqui.


*Informações retiradas dos blogs pertecentes aos respectivos grupos.


Referências


ACADEMIA DE LETRAS, CIÊNCIAS E ARTES DE PONTE NOVA. A História da Literatura em Ponte Nova. Alepon. Ponte Nova, 2013.


BRANT, Antônio. As primeiras manifestações culturais de Ponte Nova. In: Ponte Nova 1770 a 1920- 150 anos de história. Disponível em: <http://www.pontenet.com.br/pontenova/introd.html>.


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