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Gente que Faz: Karime Pataro

Em continuação à série de reportagens especiais sobre mulheres que atuam no cenário cultural ponte-novense, tendo em vista o Dia Internacional da Mulher (8 de março), conversamos um pouco com a cantora Karime Pataro. A primeira reportagem foi realizada com a cantora e violonista Mônica Haley.

Karime nasceu e cresceu em Ponte Nova, mudou-se pra Belo Horizonte aos 17 anos e voltou para a terra natal em 2013.



Cultura Coletiva: Quando você começou a cantar? Quem te incentivou?


Karime Pataro: Em 2004 cantei algumas vezes, a convite de amigos, na igreja que eu frequentava em BH. Através de um dos participantes da banda com a qual cantei, conheci o maestro Flávio Gontijo. Ele dizia apreciar a minha extensão vocal e se dispôs a me dar algumas lições técnicas sugerindo inclusive a minha dedicação integral à música. Porém eu estava concluindo a minha formação em Fisioterapia e precisava exercê-la. Acabei deixando o canto para outro momento. Tendo retornado a PN, fui convidada a participar de uma Jam Session*, pelo cantor Davi Primavera. Esta oportunidade reacendeu a minha vontade de cantar e trouxe com ela novas experiências.




Cultura Coletiva: Quais são suas principais influências musicais?


Karime Pataro: Escuto um pouco de tudo. Cresci ouvindo músicas de seresta. Aprecio o Nelson Gonçalves, Pixinguinha, Cartola. Gosto bastante de MPB. Adoro a suavidade da Marisa Monte, o romantismo do Djavan, Vander Lee, Moska, a voz incrível da Elis Regina... Curto o samba do Martinho da Vila, Demônios da Garoa, Roberta Sá; a voz de trovão do Tim Maia, pop rock e tudo mais que tocar de bom....




Cultura Coletiva: Onde você já se apresentou?


Karime Pataro: Compus uma canção na minha formatura e cantei nesta ocasião; cantei nos saraus promovidos pela Percepção Musical em 2015; cantei também a convite da Câmara Municipal de BH juntamente com o talentoso Davi Primavera, numa homenagem feita a Revista Ecológico, quando interpretei o Hino Nacional. E através do “Barulhinho Bom”- um projeto do Davi formado por ele, o baterista Túlio Cavalcanti e por mim - nos apresentamos no Festival de Inverno promovido pela Percepção Musical.




Cultura Coletiva: Como você avalia a inserção da mulher no cenário cultural do país? Quais foram os avanços? O que ainda precisa melhorar?


Karime Pataro: De forma geral as mulheres têm construído novos espaços na sociedade e consequentemente criado um novo diálogo em todas as áreas – o que considero desafiador já que a maioria das mulheres possui jornada dupla. Teoricamente, todos têm oportunidades, independente do gênero. As redes sociais são portas abertas e têm auxiliado na divulgação e exposição de talentos diversos. Percebo, porém, um reconhecimento deturpado, por parte do espectador, de muitas manifestações “artísticas” postadas por aí. E isso não tem a ver com afinidade mas com discernimento cultural, quando há uma identificação da arte que foi trabalhada, bem planejada e executada. As mesmas portas que estão abertas para o bom gosto também estão para o mau gosto. Acredito que a eleição da boa música, da boa leitura e das boas escolhas em geral se deve à melhor qualidade da educação além de boas influências e referências sólidas. E nisso todos nós temos muito o que evoluir.


Agradecemos à Karime Pataro pela entrevista!



*"Uma Jam Session é o ato musical no qual músicos se reúnem e começam a tocar, de forma improvisada, sem qualquer preparação ou planejamento. É o momento de culminância da técnica, quando há o encontro da liberdade de criação e expressão, harmonizado coletivamente e executada com leveza, sem a pressão ou nervosismo de uma grande apresentação, por exemplo. É quando os músicos fazem o que mais gostam – tocar seu instrumento – sem qualquer influência externa, ou seja, por iniciativa própria, por puro apreço a sua atividade.

A origem do termo não tem uma explicação concreta, no entanto, algumas hipóteses podem ajudar a encontrar o significado da expressão. Segundo alguns músicos, Jam, significa Jazz After Midnight (jazz após a meia-noite), em referência aos encontros ocorridos entre músicos de jazz após as apresentações em casas noturnas. Depois que o público ia embora, iniciava-se uma jornada de improviso que não tinha hora para acabar e adentrava a noite, para deleite dos artistas em seu momento de prazer. Outra suposição é a tradução literal da palavra Jam, que em inglês significa “geleia”, que poderia explicar a mistura de estilos e instrumentos utilizados durante as sessões de improviso." (Disponível em: <http://musicaemtrancoso.org.br/voce-sabe-o-que-e-uma-jam-session/>.)

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